domingo, maio 27, 2007

O frio me alegra. É estranho, ele realmente me alegra. Eu saio de casa e ao sentir o vento frio batendo, de repente, fico contente. Não faz muito sentido, mas ele me alegra. Apesar de me adoecer também, mas isso é um detalhe.
Este último sábado foi um dos mais estranhos que tive em um tempo. E de resultados nem um pouco satisfatórios. Só uma sensação sobrepujante de que algo estava errado, fora do lugar. E normalmente essa sensação está correta. É desanimador, ainda mais quando chega o domingo, nesse estado. Acordo com uma sensação gélida (mas não por conta do frio) de que nada está como deveria estar. E por conta disso, sonho com as possíveis trocas de palavras e iluminação de lua cheia. Minha frustração se resume ao esforço dispensado para fins tais que, de tão pífios, não fazem o menor sentido por si só. Pouca coisa faz sentido por si só. A sensação que dá é de que as congruências do caminho são jogos do passado em constante reteatralização no palco de personagens repetidos, num soprar de suspiros e memórias amareladas de gaveta.
Eu vou é dormir com meu caderno e meu lápis.
Pelo menos assim, alguma coisa nasce.

*The Mighty Mighty Bosstones - Let me be*

Noite Adentro.

quarta-feira, maio 16, 2007

Ultimamente a necessidade de escrever e expressar tem crescido. Portanto, resolvi por algumas das coisas que vêm passando pela minha cabeça ultimamente. Parace que, de uns tempos para cá, meu senso de indignação sócio-cultural tem trazido à tona várias situações de discussão em que vejo que, felizmente, muitos se encontram indignados também, com idéias semelhantes. Inclusive no trabalho, alguns alunos (sim, sou professor) se mostraram mais atentos do que eu imaginava. Ainda bem.
O problema ainda se encontra na forma mais viável de se aplicar em algo contra esse indivualismo e "jeitinho brasileiro" de se levar as coisas. Tempos modernos, dizem. Queremos tudo para ontem. E nem serve.
A humanidade está muito "umbiguista", se importando apenas consigo mesmo.

Ainda procuro minha canção, em mim mesmo. Tamanhas as alegorias de bicicleta que me deixam consternado quando (e quase sempre) me vejo numa situação que requer certo... jeito. Eu sou esse sujeito sem jeito, oras. Eu nasci sem jeito. Morrerei assim?
Com rimas que se leva a vida. Ainda vou achar uma pra mim.

*The Mighty Mighty Bosstones - You're Chasing the Sun Away*

Noite Adentro.

segunda-feira, maio 14, 2007

Às vezes sumimos, às vezes não vemos propósito algum ao que fazemos, às vezes sorrimos um sorriso de formiga acidentada, com pernas doloridas e uma migalha de pão nas costas. Mas felizmente sempre temos a nós mesmos a recorrer. Não é preciso temer uma sombra menor do que a lua. Portanto, passo por coisas e sinais que apontam para lugares onde jamais poderia escalar, e outros que já escalei e de onde só colhi frutos para aprendizado. Quem sabe, acabo esquecendo tudo isso por um dia e colho outros? Este é mais um dia, é mais um início que coincide. E amanhã, com o perdão da canção, será outro dia.
Vamos olhar além da luz e da sombra.

*The Poets of the Fall - Sleep*

Noite Adentro.